quinta-feira, 26 de junho de 2014

Mortandade repentina compromete 12 toneladas de peixes criados no açude Cachoeira de Aurora


Reportagem do BLOG DE AURORA visita local do criatório no açude Cachoeira na comunidade homônima

Cerca de 12 toneladas de peixes do criatório comunitário do açude Cachoeira no município de Aurora, no Cariri, começaram a morrer  entre a última segunda e terça-feira(24).  Os peixes que eram criados sob confinamento através do sistema de gaiola, de acordo com o pessoal do projeto,  a princípio apresentavam sinais estranhos de ‘sufocamento’,

Até o momento a mortandade contabilizou um prejuízo para os trabalhadores da iniciativa de aproximado de 80 mil reais, segundo avaliam os próprios piscicultores da comunidade. Pouco mais de 72 gaiolas espalhadas por uma extensa área à margem esquerda do manancial compõem o perímetro do criatório(fotos acima).

As primeiras informações dão conta de que a causa mais provável para o problema deve ter sido o baixo índice de oxigênio da água, provocado por um possível choque térmico em virtude da nova recarga de águas, como  informou na manhã desta quinta-feira(26) o jovem Josean Neco(foto), um dos integrantes da associação que  congrega atualmente os onze participantes diretos e demais moradores dacomunidade . O mesmo, disse ainda que no momento em que foi constatada a mortandade, a oxigenação da água no local das gaiolas estava abaixo de 1% quando o ideal deveria ser em torno de  5%.  

Jovem Josean no local do criatório
Há quem diga também que, como o açude  recebeu uma boa quantidade de água nova durante a invernada deste ano, houve um aumento considerável no processo de decomposição de plantas, inclusive aquáticas, o que também poderia interferir na baixa oxigenação hídrica. O que por enquanto, não passa de especulações.

Foi tão grande a quantidade de peixes mortos no Cachoeira que uma  máquina tipo rete-escavadeira teve que ser utilizada durante os serviços de retiradas dos lotes. Para tanto, três grandes valas tiveram  que ser abertas nas proximidades do manancial, a fim de que os peixes fossem enterrados. “Uma coisa que nunca havia acontecido em todos estes anos do nosso criatório”, explicou.

Todos os peixes mortos do  Cachoeira  da espécie tilápia já estavam no peso e no tamanho ideal para o abate e pertenciam aos dois lotes  que nos próximos dias deveriam estar sendo  comercializados, disse.

Os peixes produzidos no Cachoeira abastecem tanto o mercado consumidor de Aurora, região e até são vendidos algumas vezes para Fortaleza.

A preocupação dos piscicultores se volta agora para o lote sobrevivente, os peixes menores num total de três mil que em face do problema estão sendo observados mais de perto, assim como o nível de oxigênio da água, que conforme o criador está agora em torno de 1,5%.

O responsável pelo escritório da Ematerce no município  Edísio Leite, assim como o presidente da Associação responsável pela execução do projeto Francisco de Sousa França  estiveram no local  para avaliarem a situação.  Por enquanto, ainda está sendo aguardada a visita de um técnico, especialista no assunto, quando serão feitas análises mais apuradas a partir de amostras da água, no sentido de se descobrir a verdadeira causa da mortandade, explicou.

Editor do Blog entrevista piscicultor
O Açude: 

Inaugurado em julho de 2000  no sítio Cachoeira o reservatório homônimo foi concebido com a finalidade precípua de abastecimento da cidade. O que também pode ser preocupante se porventura a causa da mortandade dos peixes venha ser de origem química ou poluente. Porém, até o momento, não foi verificada nenhuma sinal de que os peixes livres e  naturais do açude tenham igualmente sido atingidos pelo problema.


Atualmente administrado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos - Corgeh, o Cachoeira tem capacidade para armazenar um volume total de 34.330.000 metros cúbicos de água, cuja lâmina hídrica se estende numa área de 12 km aproximadamente.

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Da Redação do Blog de Aurora.
fotos: JC, Jean Charle e Felipe Camila(in facebook).
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